Um dos melhores gaiteiros desta nova geração sem dúvida alguma é Willian Hengen. Pois agora o sapiranguense que por 10 anos integrou o conjunto Os Serranos, tal qual Daniel Hack há pouco tempo, parte para novos rumos em sua carreira. Nos resta desejar sucesso nesta nova empreitada.
Abaixo a postagem de despedia deste músico que, além de exímio acordeonista, é um grande ser humano.
“10 Anos, 1500 Capítulos.
Em 05/12/2022 completei 10 ANOS VIVENDO OS SERRANOS. Em cada projeto, cada vitória, cada euforia, cada alegria, cada percalço, cada mudança, cada desafio, cada insônia. Me esforcei para honrar cada gota de suor que todos derramaram ao meu lado ou antes de eu chegar. Sempre tentando elevar ao máximo nível que eu poderia ajudar a todos a continuar elevando, se acaso um dia os destinos se separassem. Foram mais de 1500 APRESENTAÇÕES por todo país e até fora dele. Programas de televisão, rádio, lives,, clipes, discos, DVD’s.
Empreendo novos rumos que, para poder me lançar de cabeça no que eu me comprometi a fazer - Ser o GAITEIRO DOS SERRANOS -, estavam marcados para “um pouco depois”.
Em breve realizo um disco “Solo de Gaita” (gosto mais que dizer “disco instrumental”, à sombra do que meus ídolos musicais trilharam. Ao parecer loucura, afirmo e lembro-lhes: sonhos são sonhos...
Não poderia ser – nem consigo – ser superficial nesse momento. Dia difícil...
Me “despedir” dos fãs do Conjunto Musical Os Serranos no qual, dos 44 anos de existência até agora, 54 anos, tentei fazer minha parte: Trazer ALEGRIA. Digo porque, 10 anos são muito pouco perto da HISTÓRIA E TRABALHO que os irmãos Edson e Everton – o Doutor e o Toco – construíram. Nessa EMPRESA eu aprendi que nada supera o esforço, o empenho e a honestidade. Com esses dois também aprendi que se “ganha a vida” pra ajudar a sua família. E com esses AMIGOS aprendia “empulhar”... Kkk
Sem ter passado por lá - com toda certeza – não teria TANTOS AMIGOS e admiradores do meu trabalho, que só pôde ser mostrado ao “mundo” por estar endossado pelo prestígio dessa grande marca.
Realização.
Ao admirar diariamente as capas dos discos LP, CD e DVD dos artistas que eu sempre me espelhei vislumbrei um dia produzir um trabalho dos Serranos. Com minhas ideias e concepção musical. Desde o disco “Inverno Serrano”, os DVD’s “Jeito de Galpão” e “Conhecendo o Rio Grande do Sul – Instrumental” que eu vinha “ensaiando”. Até que, em meio a uma lastimável pandemia mundial, desenhou-se a oportunidade de fazê-lo. A gravação do álbum duplo “Renasce o Rio Grande”, foi o ponto alto que eu poderia esperar como músico. Pude gravar e interpretar músicas de minha autoria. Isso era um sonho! Modestamente comento que os fãs e colegas adoraram! Pensei, em alta vibração interna: Pude contribuir com a MÚSICA d'Os Serranos! Retribuí com minha dedicação apenas uma parte do bem que fizeram ao jovem e inexperiente “Gurizinho Tocador”, de 21 anos, que, muitas vezes, esvaziava a “sala de baile” pelo parco conhecimento artístico que tinha para conduzir uma apresentação.
Só posso agradecer e desejar sucesso e muita saúde aos colegas que seguirão firmes nesse árduo trabalho, como já demonstraram nesses últimos 3 meses em que estou me despedindo da convivência quase que diária com eles.
Me sinto orgulhoso em dizer que fiz parte de Os Serranos (impossível, pra sempre, ler o nome e não lembrar do Dr. e do Toco em voz inflada (no melhor dos sentidos) dizendo OOS SERRAANOOS).
Ali, algumas fotos disso tudo. Poucas, mas muito representativas pra mim.
Obrigado! OBRIGADO!
Dentro em breve mais notícias desde Sapiranga!”